Pau dos Ferros

POEMA PRA MAMÃE
Meu nome é Cleuza Augusta
Minha mãe, a matriarca
Mulher forte destemida
Um tesouro em uma arca
Um grande exemplo pra nós
Guiando a nossa barca.
Viveu sua vida na roça
Trabalhando sem parar
Desde quando era criança
Sua vida foi labutar
Mulher de garra e coragem
Muita história pra contar.
É de Rafael Fernandes
Nascida no batalhão
Um pequeno povoado
Pertencente a região
Lá deixou as suas marcas
Registradas nesse chão.
Depois pra Malhada Alta
Com a família foi morar
Outro sítio pertencente
Aquele lindo lugar
Antes com o nome Varzinha
Pra Rafael se chamar.
Quando jovem se casou
Com meu o senhor João
Formando uma família
Com amor e união
Criaram assim seus seis filhos
E mais um de criação.
Ensinava aos seus filhos
A praticar sempre o bem
Desde cedo trabalhavam
Iam pra escola também
E se algum se danasse
Não escapava ninguém.
Cedinho se levantava
Para na luta cuidar
Acordava cada um
Para na roça ir trabalhar
E na hora da merenda
Minha mãe ia levar.
Lembro da minha alegria
Quando ela vinha chegando
Com café e cuscuz
Pra nossa forme ir matando
Seu cuidado e o seu amor
Ali nos alimentando.
As onze horas do dia
Era hora de almoçar
Uma comida gostosa
Mãe sabia preparar
Com o seu tempero do amor
Pra nossa vida adoçar.
Quando a noite chegava
Era hora de brincar
Vinha toda animada
Nem via o tempo passar
De barata e bandeirinha
E tudo que imaginar.
Terminando a algazarra
Nem mesmo um banho tomava
Armavam as nossas redes
Sua benção a todos dava
Dizendo Deus abençoe
Com amor nos abraçava.
E já cansados do dia
O sonho vinha chegando
Naquela rede macia
Com coisas boas sonhando
E a noite era embalada
Por jesus abençoando.
Era tão bom ser criança
Naquela casa encantada
Em cada recanto dela
Tem uma lembrança amada
Do tempo que foi vivido
Naquela casa adorada.
Restam somente as lembranças
Minha mãe não mais está lá
Meu pai foi morar com Deus
Lá no céu foi declamar
Suas lindas poesias
Pro céu de rimas banhar.
Agradeço ao soberano
Por tudo que eu vivi
Por meus pais e meus irmãos
Por tudo que construí
Por minha filha querida
E por mais que recebi!!
Lucicleide Silva

O AMOR É VIDA
Eu penso que nessa vida
Não se vive sem amar
Para isso você deve
Querer sempre praticar
Com um objetivo em mente
Para viver plenamente
Você precisa encontrar
Não apenas com palavras
Ou viver só de jargão
Pois é sentimento puro
A sublime emoção
Amor deve ser sentido
Corpo, alma e coração
Entendo que o sentimento
Que nós chamamos de amor
Não se explica, mas se sente
Como o cheiro duma flor
Ele é a essência da vida
Vem do nosso interior
Eu quis ter uma vida plena
E abundante sem amar
Só com autoconhecimento
Sem poder imaginar
O quanto que esse amor
Poderia me curar
Convido caro leitor
A olhar-se com cuidado
Para dentro de sua alma
querendo ser lapidado
Pra poder olhar o céu
Como foi imaginado
Como uma branca folha
Você poderá pintar
Desenhando sua história
Novo jeito de contar
Colhendo novos sabores
Refinando o paladar
Deus colocou em você
Todo seu maior amor
Lhe dando todo poder
Para remover a dor
Retirando todo o medo
Dando a vida nova cor
Claudiana Almeida

MULHER NORDESTINA
A nordestina mostra
Com seu vestido de chita
Uma figura glamourosa
Com seu laço de fita
Ou com um chapéu de couro
Como Maria bonita
A figura feminina
Encanta com sua presença
Demostrando seu poder
E sem muita indiferença
Morena flor do desejo
Como diz Alceu Valença
Na sanfona de Luiz
Dançando arrasta pé
O cheiro da Carolina
Que encanta quem quiser
Um cangote aprumado
Arrepia toda muié
E por falar em beleza
Onde anda a canção?
Com Vinicius de Morais
E toquinho com paixão
Um romance bem cantado
É sua declaração
Toda mulher nordestina
É como uma canção
Doce com o seu cantar
E arretada no refrão
Pois nem o Pablo Picasso
Fez tamanha criação
Ela é doce e delicada
Uma flor do meu sertão
Guerreira e bem resolvida
Tem sangue de lampião
Mas se ela se aperriar
Da panela faz fogão
Femininas somos sim
E mulheres com doçura
Com a cabeça erguida
Mantemos nossa postura
Mas muié que é muié
Não gosta é de frescura
As Mulheres do Nordeste
Mostram por onde for
O fogo da região
poder da bela flor
Exalando o cheiro belo
E todo esse valor
Irmã Dulce ensinou
Como podemos amar
Nízia floresta mostra
Como podemos lutar
Usar da inteligência
E o espaço conquistar
Estudando o sertão
E vendo cada matéria
A nordestina arretada
É nossa Maria Quitéria
Tenho sangue de guerreira
Pulsando em minha artéria
Anna Nery estudou
Sua contribuição foi tanta
Ajudando a ciência
De forma que até espanta
Mas eu queria cantar
Como Alcione Canta
Mulher é o sinônimo
De amor, inspiração,
Garra, coragem, luta
E sua determinação
Que encanta todo ser
Sem tirar os pés do chão
Essa voz da feminina
Soa doce como mel
Mas já foi silenciada
De maneira bem cruel.
Mas a nossa voz tá viva
Em um varal de cordel
Sofia Rego

MULHER: EQUILÍBRIO E FORÇAS
A mulher é uma força
Que tem garra e coragem
É como a poesia
Que enxergamos na paisagem,
Sua beleza singular,
Percebida ao encantar
Transcende sua passagem.
Mulher, flor de magia
Que com todo o coração
Espalha um aroma belo
Por meio de sua feição
Perfumando todo o mundo
Com afeto mais profundo
Transformando em emoção.
Ser mulher e nordestina
Traz em sua natureza
A exuberância em ser
Verso que tem grandeza
E rimando com a vida
Mostra a força aguerrida
Através da sua destreza.
Um equilíbrio de forças
Que, ao equilibrar
Traz consigo um ser
Real ao encantar,
Ser mulher é saber ser
Luz, verdade e viver
Na verdade, em amar.
Eu sou misturada
Com toda essa alegria
Que a mulher mostra
Em ser pura poesia,
Eu sou arretada
E pelo verso encantada,
Eu Sou arte e maestria.
Ser mulher vai muito além
De ter filhos ou casar
Ser mulher ter direitos
Para o mundo desbravar
É sonhar e conseguir
E do amor usufruir
Sem nada ter que pagar.
Que sigamos pelo mundo
Para a todos destacar
O sonho de ver um dia
A mulher em todo lugar
E a diferença de lado
Com assédio calado
Sem ter garras para mostrar.
Que todas nós, mulheres
Tenhamos um pergaminho
Para carregar no peito
Luz, verdade e carinho
E ensinar pr’o mundo
O amor mais fecundo
Que nos segue no caminho.
Findo agora os meus versos
Deixando essa ciência
Que a garra que nos rege
Fixa na consciência
A candura de um ser
Que mostra ao viver
Pura resiliência!
Quitéria Jales

TRÊS BEATAS EM MINHA VIDA
Aqui vos peço licença
Pra essa história contar
São três vidas num repente
Três beatas num lugar
Todas elas em minha vida
Minha rima preferida
Que aqui vou registrar
Se avó é uma mãe
E uma mãe duplicada
Eu preciso agradecer
Pois fui muito agraciada
Tenho três vovós queridas
Elas são bastante unidas
E eu sou abençoada
Pelo lado do meu pai
Tem minha vó Margarida
Vinte e oito de abril
De 41 nascida
Canafístola o lugar
Que veio inaugurar
A sua história de vida
Conhecendo meu avô
Nas bandas do Ceará
Vendendo fotografia
Se casou, veio pra cá
Nossa família formou
E nesse solo ficou
Na missão de educar
Pelo lado de minha mãe
Jesus bem representado
Tem duas beatas dele
É uma pra cada lado
Uma vó da biologia
E uma de cortesia
Que Deus me deu de legado
Tem a minha vó Inez
Nascida no Sanharão
48 o ano
Que brotou neste sertão
Dia 21 de janeiro
Após nosso padroeiro
Meu bom São Sebastião
Conheceu o meu avô
Que era parente seu
Numa moagem que teve
O namoro sucedeu
Casou na adolescência
Sempre teve paciência
Cumpriu o que prometeu
Ela tendo muitos filhos
As pérolas preferidas
E lá no sítio vizinho
Duas tias bem-queridas
Vivendo na solidão
Pediram a permissão
Pra ter mãe em suas vidas
E assim a tia Graça
Virou minha vó também
Ela não viveu com homem
Mas nos criou muito bem
Hoje somos seu legado
E tendo a nós criado
Não a troco por ninguém
Em 41 nasceu
Neste chão abençoado
Na casa onde morei
Várzea Nova um povoado
25, julho o mês
Completou agora três
Com tia Graça do lado
Ela tem um testemunho
De uma graça alcançada
Caindo estalou um osso
Ficou bom tempo acamada
Pediu a nossa senhora
Quando foi chegada a hora
Ela foi abençoada
Assim foi feita a igreja
Lá no sítio de morada
Nossa Senhora das Graças
Lá na beira da estrada
Em forma de gratidão
Se dedicou a missão
Uma vida consagrada
Três beatas espalhadas
Do Rio Grande ao Ceará
Se juntaram no Encanto
Todas três sempre a rezar
Fundaram comunidades
Com fé, força de vontade
Sempre a evangelizar
Todas três foram ministras
Da sagrada comunhão
Não contentes de levar
Jesus em seu coração
Assumiram este papel
Buscando assim o céu
Ao tocar ele com a mão
Eu fui muito bem criada
Tenho mãe e tenho pai
Mas tendo as três beatas
Eu não sofro nenhum ai
Tenho tanta oração
Pra elas a gratidão
Meu escudo nunca cai
E tendo este caminho
De temor e retidão
Pautada em seus valores
No poder da oração
Com elas não sou sozinha
Me tornei uma beatinha
E assumi minha missão
Magna Eugênia

ERVAS MEDICINAIS
As ervas medicinais
Oferecem benefícios
Na cura ou tratamento
Seja doenças ou vícios
Proporcionando saúde
Sem maiores artifícios
As ervas condimentares
ajuda a gastronomia
Graças aos seus princípios
Pesquisas na agronomia
Biociência e botânica
Sentimos a ecologia
Essas ervas aromáticas
Dessa família botânica
Exalam os seus perfumes
E sua seiva orgânica
transformando o ambiente
Com capacidade única
As ervas medicinais
Ao longo da humanidade
Foram identificadas
Por sua capacidade
De desempenhar funções
promovendo a acuracidade
Conhecendo a hortelã
E suas propriedades
Ajuda a tratar as náuseas
Diminui a ansiedade
Calmante e sedativo
E sono de qualidade
Tem a espécie da Malva
Como expectorante
Tratando o respiratório
É um bom cicatrizante
Apelido “cura-tudo”
Servindo até de Laxante
E comer manjericão
Combate a depressão
Enxaqueca e insônia
Poderosa sua ação
Desinflamando as aftas
E ajudando à digestão
A cidreira auxilia
muito a cicatrização
E da herpes labial
O inchaço e vermelhidão
Nos gases intestinais
Melhora a respiração
Mastruz é uma erva santa
Que muito utilizada
Contra os famosos vermes
E está relacionada
Aumentando a imunidade
E uma vida equilibrada
Capim Santo também cura
e é mais que decoração
Tem o efeito calmante
Limpeza e proteção
Da pele também dos cabelos
É sem contra-indicação
As ervas medicinais
São um estilo de vida
Trazendo seus benefícios
Na saúde absorvida
Um modelo sustentável
E a saúde precavida
Empreendorismo e ervas
Traz a participação
Na renda dessas mulheres
Geração a geração
Com seus remédios caseiros
Verdadeira inspiração
Vanuza Rego

MEUS VERSOS: SER MULHER
No jardim do criador
Repleto de belezura
Nasceu uma linda flor
Recheada de ternura.
É a mulher, meu irmão
O mais valioso tesouro
Grave em seu coração
Mais valioso que o ouro.
Ela faz muitas funções
Tem o dom de encantar
Carrega mil emoções
E o mundo vai transformar.
Soube ao longo do tempo
E em sua via de fato
Tornar-se seu próprio alento
Conquistando seu espaço.
Ser mulher é ser a luz
É ter sensibilidade
É uma força que seduz
Com riso e espontaneidade.
Ser mulher é dar amor
Dar amor sem se envolver
Em todo tempo ser flor
Por vez nada receber.
Aprendeu a ser a filha
A ser mãe para gerar
Imensa como uma ilha
Nasceu para emponderar.
A mulher é uma canção
Águia sempre a voar
É fonte de inspiração
Pro mundo revolucionar.
Será sempre uma gigante
Nesse mundo de combate
Da vida super amante
Doce como um chocolate.
Porém agora me diga
Qual semente foi gerada?
Ou então, não fale nada
Porque jamais será decifrada
Francisca Elenusa

A SAGA DE MARGARIDA E LÍRIO
No solo rachado e árduo
Tinham duas belas flores
Rodeadas pelas serras
Sob o céu de várias cores
Assim lírio e Margarida
No viver em acolhida
Dividiam suas dores.
Lírio tinha a inocência
De uma flor desabrochando
Pequena, porém atenta
No chão árduo desbravando
Vencendo a dificuldade
Buscando a felicidade
Vez por outra, aporrinhando.
A flor Margarida tinha
Uma vida experiente
Do Jardim, a professora,
Onde dava expediente
À lírio ensinou a leitura
Calmamente e com postura
Uma flor muito contente.
Ambas perante a vida
Com garra, fé e paixão
Lírio, contente aprendiz,
Margarida na lição
Assim se deu a amizade
Regadas pela bondade
Numa escola em vibração.
E naquele pé de Serra
Não se tinha privilégio
Energia? regalia!
O lazer era o colégio
Alimento era plantado,
O transporte era emprestado
Sem tempo pra sacrilégio.
Entre tantas parcerias
Uma unia a amizade
Margarida, professora,
Salário sem qualidade,
Para o dinheiro sacar
Precisava caminhar
Do sítio até a cidade.
Do Amaro a Tenente
Elas duas caminhavam
Vez por outra, uma parada,
Água e café tomavam
O estímulo era a fé
Cansaço e calo no pé
Mas nada as intimidavam.
Conversa boa e ingênua
Ajudava o tempo a passar
Hora o sol fitando a pele
Por outro o vento à soprar
Seguiam na obrigação
Da garantia do pão
E a paisagem a contemplar.
Ida e volta era pesada,
Carona era algo raro…
Margarida enchia o bolso
O retorno era um disparo
Voando igual um cancão
Em lírio dava um fincão
Piscou, estavam no Amaro.
Tempos difíceis para as flores
Num sertão de dor e beleza
Sempre faltava algo a mais
Porém, sobrava riqueza,
Simplicidade e esperança
Luta, amizade e bonança
Cheias de fé e destreza.
No jardim das duas flores
Sonhos almejavam saltar
Voos mais altos e intensos
O mundo para explorar
Margarida foi na frente
Pouco atrás, lírio contente,
Logo puderam florar.
Na Escola de Margarida
Lírio aprendeu excelência
Margarida foi ao mundo
Buscando resiliência
Lírio feliz, em contento,
Prosseguiu no ensinamento
De amizade, fé e essência.
Edna Gomes

COMUNIDADE DE COMUNIDADES: BAIRRO SÃO BENEDITO
Peço licença, senhores
Para em versos contar
A história de um bairro
O primeiro do lugar
Pau dos Ferros à cidade
Da sua localidade
Alto oeste Potiguar
Por volta de dezessete
Chegava nesta cidade
As famílias advindas
De outras localidades
Grossos, Tocos Panati
Dos arredores daqui
Nasce uma comunidade
O bairro são Benedito
A princípio batizado
Como Alto do carrasco
O termo utilizado
Por toda população
Visto à localização
Era pouco habitado
Conforme conta história
Os primeiros moradores
Visto como quilombolas
Por causa de suas cores
O que era incomum
E na pele de cada um
Carregavam os valores
No tempo tudo difícil
Porém vale ressaltar
A água para beber
Também para cozinhar
Era do rio Apodí
Bastava chegar alí
Uma cacimba cavar
Uma lata na cabeça
O auxilio uma rodia
As mulheres carregavam
A água de cada dia
Garantindo os afazeres
Cumprindo com os deveres
No campo da moradia
Com relação à saúde
A Farmácia natural
De fato, a posologia
A base de via oral
Igual a homeopatia
Com a sua serventia
Na cura medicinal
Segundo dona Petinha
Com a chegada do Dr.
José Fernandes de Melo
Que muito se dedicou
Por esta comunidade
Tratava da enfermidade
Dos pobres com muito amor
Tinha também os remédios
Quem não podia comprar
Ele guardava em casa
Para poder ajudar
Àqueles necessitados
Já voltavam medicados
Com a fé de se curar
Naquele tempo as bodegas
Pra gente poder comprar
A banda de rapadura
Para o café adoçar
Galdêncio, por sua vez
Zelava pelo freguês
Sem deixar nada faltar
Senhor Cazuza, também
Dono de mercearia
Sua bodega pequena
Vendendo durante o dia
Encostado ao balcão
Como todo cidadão
A espera da freguesia
Falando de educação
As escolas isoladas
Na casa das professoras
As aulas bem ministradas
O método o B á Bá
Bastava o nome assiná
Estavam alfabetizada
Exalto aqui alguns nomes
De quem fez parte da história
Lembranças das professoras
Ainda guardo na memória
De Maria Margarida
Senhora reconhecida
Pela sua trajetória
Eunice outra professora
Conhecida por Lilia
Conquistava todo mundo
Com a sua simpatia
Pra ela eu tiro o chapéu
Que Deus atenha no céu
Adeus quem sabe um dia
Eu louvo a dona Petinha
Pela sua sensatez
Bastante emocionada
Com a sua’ Lucidez
Estás no meu coração
A ti minha gratidão
Jamais te esquecerei
Conforme tempo passou
O bairro bem habitado
Senhor Raimundo Oliveira
Como sempre preocupado
Para os fiéis reunir
Pensou logo em construir
O novo templo sagrado
Pra construção da capela
Auxílio de moradores
Como senhor Clóvis Sena
E outros colaboradores
Com coragem e união
Unidos na devoção
Atraíram seguidores
Escolheram o padroeiro
O santo são Benedito
Esse santo milagroso
Desse bairro tão bonito
Homenagem os morenos
Devotos, desde pequenos
Já louvavam o bendito
Fizeram muitas festas
Pra sua manutenção
Rifas, bazar e comidas
Tinha também o leilão
Daquilo que foi doado
Felipe era nomeado
Pra fazer a animação
Atualmente vivemos
Em um bairro tão belíssimo
A capela é santuário
Adoração do santíssimo
Com devotos atuantes
Orando a todo instante
Em devoção ao altíssimo
Que o santo São Benedito
Esse santo protetor
Interceda por cada um
A Deus nosso senhor
No campo religioso
No trabalho e no repouso
Que a fé reine com fervor
Foram muitos às pessoas
Contribuintes da história
Enfatizei alguns nomes
Que me veio na memória
Do humilde ao doutor
Foi lembrado com amor
Os velhos tempos de outrora
Terezinha de Jesus

SÃO JOÃO DE ENCANTOS
Nos versos deste cordel
Irei contar uma história
De João Batista, o Profeta
De poder, saber e glória
Que veio abrir os caminhos
Para o anúncio da vitória.
O menino demonstrou
Determinação, fervor
Não temeu ir aplainando
Os caminhos do Senhor
Anunciando o perdão
Para o povo pecador.
João Batista, o pregador
Do batismo de conversão
Aos seguidores pregou
A virtude e a retidão
Nascimento foi na Judéia
Presente em cada Cristão.
De Zacarias e Isabel
Que de idade avançada
Conseguiu uma gestação
Sendo por Deus consagrada
Anjo Gabriel transmitiu
A notícia abençoada.
João batizou a Jesus
O Rio Jordão escolhido
Após receber a bênção
Messias reconhecido
Posou-lhe o Espírito Santo
“-Eis o meu filho querido”.
Devoção a João Batista
É para todos sagrada
Em vinte e quatro de Junho
Sua festa é celebrada
Ele é um grande exemplo
De uma vida dedicada.
O São João que representa
Tradição, festividade
Acontece em mês de junho
Traz grande felicidade
Sendo bem ornamentada
Cada canto da cidade.
Comemorar o São João
É sempre nossa alegria
Rever os grandes amigos
Que a tempo não se via
E dançar muito forró
Com uma boa companhia.
Vinda da Igreja Católica
Facilita a conversão
Dos vários tipos de povos
Que eram todos pagãos
Faziam festas tão lindas
Com elementos Cristãos
A quadrilha é lembrada
Na festa de São João
A dança é feita em pares
Com passos e animação
Com a alegria da festança
Neste arraiá do sertão
Época do São João
Com certeza é esperada
Tem muita comida típica
Tripa de boi e panelada
Um picadinho de bode
E a famosa buchada.
Termino este trabalho
Só tenho que agradecer
Todos que contribuíram
Para o projeto acontecer
Cria Poesia e Ampare
Fizeram por merecer.